A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

sábado, 19 de novembro de 2011

Serve e Caminha





Serve e Caminha




Tempo é doação da Providência Divina.

Tempo, no entanto, para quê? indagarão muitos.

É ocasião para agir e servir, aprender e caminhar para a frente, fazendo o melhor.

Realmente possuímos a valorosa legião de companheiros que avançam dificilmente pelas escarpas do trabalho, sob fardos de obrigações que carregam com alegria, entretanto, ao nosso lado, temos uma legião muito mais vasta: - a dos companheiros expectantes.

Traçam planos de elevação.

Querem levantar grandes instituições de benemerência.

Criam sugestões renovadoras para as realizações em andamento, sem se voltarem para os setores da ação.

Confessam a realidade de certos fenômenos com que foram defrontados, como que a convidá-los para o exercício do bem.

Relacionam casos familiares que lhes pareceram graves advertências.

Descrevem sonhos admiráveis com que foram favorecidos.

Comentam as relações sociais de que dispõem, junto das quais recolheram avisos e ensinamentos.

No entanto, em seguida a semelhantes alegações, mostram-se desarvorados e indecisos, esquecendo-se de que é indispensável se desloquem na direção das atividades das quais se ergue o bem aos outros, a fim de que os outros lhes forneçam auxílio no momento oportuno.





Quem se encontre imóvel no tempo, recorde que o tempo não pára, nem retrocede.

Não hesites.

Inicia a jornada do serviço ao próximo, onde estiveres.

Faze algo.

Desfaze-te de algum pertence de que mais te utilizas, a benefício de alguém com necessidades maiores do que as tuas.

Alivia os obstáculos em que algum enfermo se encontre.

Age em favor de alguma criança sem proteção.

Estende, pelo menos, essa ou aquela migalha de apoio às mães desvalidas.

Afirma-nos o Evangelho que a fé sem obras é morta.

Sonha e mentaliza, mas serve e caminha.

Em qualquer crise de existência, conserve a calma construtiva, de vez que os nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos especialmente agindo em auxílio a nós.







- Emmanuel & Francisco Cândido Xavier -

Livro: Paciência.



Campos de flores cobertos de amor



Somos flores, que nascem e crescem,
Rodeadas de um puro e sincero amor,
Um amor especial, amor do Criador.
E carinhos, que chegam e emudecem...


Como raios solares, de todas as cores,
Chuvas, e brisas...Orvalhos e garoas...
A lua que pela noite, traz seus sabores,
Junto ás estrelas, que nos fazem pessoas.


Felizes por compor, um campo de flores,
Sonhadoras por acreditar, em seus amores.
E fazer acontecer o que há em nós, amor!


Pois, mesmo que efêmeras, somos belas,
Perfeitas!...Criadas para serem boas/singelas.
E sermos vencedoras, nesse campo desafiador.


Para que...Assim tenhamos vida, no Senhor...
E paz, para seguirmos, florescendo sem fim.
Nesse campo de flores, flores de cetim!...






- Valquíria Cordeiro -


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Procura-se um amigo

Procura-se um amigo




Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.



Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.



Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.



Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.


Vinícius de Moraes

Aposto que só está faltando fazer o laço!

Chega de esperar! Chega de acreditar que haverá uma hora mais segura para criar laços, tornar-se íntimo e oferecer o seu abraço. O que mais pode nos fazer crescer de verdade senão o investimento diário na relação com quem amamos?

Sei que nossa vida é composta por muitas áreas e diversos compromissos. A cada momento trocamos de máscara para corresponder a determinadas expectativas. Na reunião com o chefe, na educação dos filhos, na festa do amigo, na casa da mãe, enfim, máscaras que definem papéis e posturas em cada uma das tantas situações que vivemos.

Mas a felicidade, a alegria de viver e o que verdadeiramente nos preenche jamais estarão nas máscaras, e sim na nossa essência. Somos feitos de laços e abraços. Só podemos ser preenchidos com sentimentos, emoções, amor. Nada mais!

Criar laços com o outro é entremear seu coração ao dele, é se desnudar e mostrar-se como você é. Sem ter vergonha de rir ou chorar. Apenas sendo você, exatamente do jeito que sabe sentir, pensar e fazer as coisas.

Os laços, embora sensíveis e vulneráveis (pois são feitos de sentimentos humanos), são os pilares que sustentam qualquer relação de amor. Sem laços não há vínculo, não há cumplicidade.

Pessoas estão morrendo de solidão e desespero por um único motivo: falta de laços. Medo de se entregar, de se mostrar e não serem aceitas. Falta de se enroscar no outro através de atitudes de afeto, carícias e cafunés. Laços são emoções fluindo de modo consciente, sabendo-se que é preciso dar para receber. São trocas recíprocas, recheadas de sentimentos.

Pessoas estão sedentas por um toque de carinho de verdade! Daqueles que provocam arrepios na alma, que afloram sensações de aproximação, de acolhimento. Gente precisa de colo que transforme o pH de sua pele e lhes dê uma nova dimensão da vida e do amor!

E os abraços... Ah! Como faltam os abraços, aqueles prolongados, inteiros, coração com coração, palpitações se misturando numa entrega de sentimentos, desejos, medos e sonhos... Abraçar é se dar ao outro como um conforto, um alento, uma esperança. Abraços mudam a nossa vibração; são capazes de transformar uma vida toda de tristezas e abandonos.

E quantas vezes nos esquivamos de um abraço? Abraçamos cheios de medo e desconfiança, com tapinhas nas costas, com corpos distantes, com pressa para ‘desabraçar’. Morremos de medo de um abraço de verdade, como se pudéssemos nos perder no meio dele.

Dormimos com a pessoa que amamos e, muitas vezes, não encontramos espaço ou coragem para nos aninharmos ao longo de todo o seu corpo, como quem, enfim, se entrega e ama completa e definitivamente!

Laços e abraços não faltam na bagagem de quem se decidiu, enfim, viver e amar pra valer! De uma forma ou de outra, mais rápida ou demoradamente, gente que é grande no amor tem sempre um jeito especial fazer o laço com quem ama.

Aí está a primeira gritante diferença entre amor de gente grande e amor de gente pequena. O primeiro é feito de intimidade e compromisso. O segundo, de expectativas, egoísmo e máscaras.

Porque é fato: só abraça e se deixa abraçar quem está disposto a pagar o preço. O restante, aqueles que resistem teimosamente e não se deixam enlaçar, dá um jeito de se afastar, vai embora aos poucos ou de uma vez; e assim vai se encolhendo em si mesmo sem se dar conta de que a vida não espera, não pára... e cada dia a mais é uma chance a menos...

Rosana Braga

Imagem: Google

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Você é Feliz?




Você é Feliz?


"As pessoas não conhecem a própria felicidade,
mas a dos outros não lhes escapa nunca."
(Pierre Daninos)

Todos estão à procura da felicidade.

▬ Ninguém diria em sã consciência que não deseja ser feliz:

Ricos e pobres,
Doentes e sãos,
Religiosos e ateus,
Crianças e adultos,
Homens e mulheres,
Enfim, todos querem a tal felicidade.

Daí por que todos a procuram, nos mais variados lugares e das mais diferentes formas. Mas, se a procura é grande, nem sempre o encontro ocorre.

Para muitos, a conquista da felicidade está associada à aquisição de bens materiais.

▬ Pensam, por exemplo, que serão felizes:

Quando comprarem aquela casa na praia,
Quando comprarem aquele carro importado,
Ou quando ganharem grande fortuna na loteria.

E, por vezes, chegam até ao intento sonhado, mas, a despeito da riqueza, continuam infelizes, sentem um enorme vazio existencial.

A fortuna alcançada só aumentou a carga de sofrimentos daquela pessoa, com o acréscimo das preocupações que antes não a visitavam.

▬ Outros ancoraram o sonho da felicidade na busca:

Da fama,
Do poder,
Do sucesso,
Imaginam que só o reconhecimento público de seus talentos artísticos ou intelectuais poderá fazê-los felizes.

▬ E, de igual forma, muitas vezes:

Vem o sucesso,
Vem a consagração,
Mas a felicidade não vem junto.

Ao contrário, ficaram mais tristes. Apesar de serem publicamente conhecidos, continuam sós. Temem a aproximação das pessoas. Vivem a dualidade da fama e da solidão e dizem, com frequência, que dariam tudo para levar uma vida comum.

Certa feita, ouvi de um famoso cantor que seu maior desejo era poder ir à praia como uma pessoa comum. Mas a fama não lhe permitia desfrutar desse simples prazer da vida. Para outros a felicidade está condicionada à inexistência de problemas.

Dizem eles:
"Como posso ser feliz carregando vários tormentos?"

E assim caminham pela vida aguardando o dia em que seus problemas terminem para aí sim desfrutarem a tal felicidade.

Mas existirá alguém na face da terra que não tenha problemas?

Não pensemos que uma pessoa rica esteja isenta de dificuldades. Pode não ter as preocupações com a moeda, mas certamente tem outras aflições que a riqueza não é capaz de superar.

O ouro não resolve todos os problemas.


Que o digam aqueles afortunados que desejariam saborear as melhores comidas do mundo, mas que por doenças tormentosas sequer podem alimentar-se de um simples prato de arroz e feijão.

Então muitas pessoas estão condicionando a felicidade à ocorrência de um fator externo.

▬ Só serão felizes:

Quando forem ricas,
Quando forem amadas,
Quando forem famosas,
Quando arranjarem um bom emprego,
Quando não tiverem problemas, e a lista prossegue sem fim.

E nós?
Será que também estamos condicionando a nossa felicidade a algum acontecimento, a algum bem material, a alguma pessoa?

Será esse o caminho da felicidade?
Certamente, não.

A felicidade não está fora de nós.

▬ Ela é, antes de tudo:

Um estado de espírito,
Uma maneira de ver a vida,
E não um determinado acontecimento.

Deus, que nos quer bem e, portanto, deseja a nossa felicidade, não faria com que este sublime sentimento ficasse na dependência de algum evento futuro, incerto e externo.

Podemos alcançar a felicidade hoje, agora, a despeito dos problemas que estejamos enfrentando. Basta olhar a vida com outros olhos, mudando as lentes pelas quais enxergamos os fatos. A vida não é um problema, é um desafio.

Ela nos apresenta oportunidades de crescimento, notadamente nos setores onde mais necessitamos. Por detrás dos problemas existem lições, desafios, tarefas. E grande ventura tomará conta de nós quando vencermos os obstáculos que a vida nos apresenta.

O Sermão da Montanha é a pura prova de que somente serão bem-aventurados aqueles que souberem superar as dificuldades da vida. Se o amigo leitor ainda não está convencido, basta então olhar para as pessoas felizes e verificar que todas elas passaram por grandes provas e expiações.

Lembremo-nos de Gandhi que encontrou a sua felicidade na luta pela paz.

Albert Schweitzer, médico, encontrou a felicidade vivendo 52 anos de sua vida entre os povos primitivos da África.

Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que seguiam cantando alegres até a arena onde seriam devorados pelas feras.

Lembremo-nos da felicidade de Francisco de Assis, conquistada na humildade, na pobreza e no serviço ao próximo. O santo da humildade era moço rico, mas vivia amargurado na riqueza que possuía. Só encontrou a paz depois que renunciou à vida fácil e se entregou à riqueza do espírito.

Não nos esqueçamos de que Paulo de Tarso, que na condição do poderoso Saulo era infeliz, mas voltou a viver após o célebre encontro com Jesus na Estrada de Damasco. Paulo perdeu o poder temporal, mas encontrou a felicidade pessoal.

Madre Tereza e Irmã Dulce, apesar dos inúmeros padecimentos que sofreram, conseguiram encontrar a felicidade na felicidade que podiam proporcionar aos desvalidos do caminho.

Como esquecer a permanente alegria de Chico Xavier?

E olha que problemas na vida não lhe faltaram. Perguntem ao médium de Uberaba se ele estaria disposto a passar por todas as provações que a vida lhe marcou.

A resposta já é conhecida de todos. Chico já disse mais de mil vezes que faria tudo de novo e que pretende, no mundo espiritual, continuar a sua tarefa de médium.

▬ Então, amigo, a felicidade não consiste em ter:

Posição social,
Bens materiais,
Ou poder político.

A felicidade não pode ser conquistada fora de nós, embora seja sempre lá que a procuramos.

Vicente de Carvalho já considerou que a felicidade existe, mas é difícil de ser alcançada, porque está sempre onde a pomos e nunca a pomos onde estamos. E nós já dispomos de tudo para sermos felizes hoje, apesar das dificuldades pelas quais atravessamos.

▬ Aliás, são os desafios que nos impulsionam ao progresso:

Já pensou o que seria da sua vida sem desafios?
Por quanto tempo você conseguiria viver na ociosidade?
Será que você agüentaria passar o resto de sua vida deitado numa rede?

Nunca vi um espírito superior ficar um minuto sem trabalho.

Encaremos a vida com os olhos do bem, com a visão do amor e com o concreto desejo de olharmos à nossa volta e verificarmos que o Pai tudo nos legou para que a nossa felicidade se efetive já.

Abençoemos o trabalho em que a vida nos situou,
Santifiquemos a família terrena do jeito que os familiares são,
Enfrentemos com dinamismo e alegria os obstáculos da nossa vida,
E assim amando e servindo, haveremos de encontrar a felicidade que há muito tempo espera por nós.

Será que você vai concordar comigo?

Desconheço a autoria.