A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

sábado, 4 de junho de 2011

Você é o resultado das suas crenças… A Princesa e a Bruxa

contos de fada

Qual a cor que você enxerga sua vida? Lendo esta estória fica mais claro como nossas crenças interferem em nossa percepção e, por conseqüência moldam nossa vida…

No Reino Encantado, uma bruxa malvada foi insultada pelo rei que, de forma sarcástica e em presença do público, chamou-a de feia e atrevida. A bruxa, encolerizada, encarou o rei e apontando para a filhinha daquele monarca, à época com dois anos de idade, lançou uma maldição dizendo: “A minha feiúra recairá sobre a tua filha. Ela chegará à idade juvenil com as minhas feições e, para tua infelicidade, ela será rejeitada por todos!”

A notícia do malefício da bruxa espalhou-se por todo o reinado, causando grande assombro. O poder feiticeiro da bruxa era conhecido e temido em toda a redondeza.

E não deu outra, o feitiço pegou! No decorrer dos anos, as feições da criança mudaram, assumindo um aspecto semelhante ao de uma bruxa. A feiúra da jovem princesa, única filha do rei, impressionava e deixava triste o povo daquele reinado. O rei, desesperado, desde cedo promoveu uma verdadeira peregrinação na tentativa de desfazer o feitiço. Convidou magos, feiticeiros, curadores, médicos e sábios da localidade, que tudo tentaram e nada conseguiram.

A jovem princesa atingiu os 14 anos de idade e, em seu rosto, todos podiam ver a consumação do sortilégio que lhe fora lançado. Sua pele apresentava-se envelhecida, áspera e enrugada; o nariz crescido de forma desproporcional, largo e pontudo; as orelhas alongadas, os olhos esbugalhados, desdentada e com cabelo duro e arrepiado. O rosto da jovem contrastava com o restante do seu corpo juvenil, que ganhara formosura e beleza.

O desespero do rei chegou ao auge, quando viu aproximar-se o aniversário de 15 anos da princesa. Inconsolado, ele ofereceu metade de sua fortuna a quem desfizesse o feitiço maldito. A oferta atraiu multidões ao palácio, porém ninguém teve êxito. Desesperançado, o rei isolou sua filha, mantendo-a prisioneira numa torre. Sozinha, triste e magoada, restou-lhe entregar-se ao pranto.

Distante dali, as lágrimas da jovem princesa foram ouvidas pela Fada Madrinha. Comovida, ela usou seus poderes benéficos e compreendeu o drama daquele reinado. Decidiu agir.

Em sonho, apresentou-se ao rei a quem disse que havia penetrado na torre e se maravilhado diante da beleza da jovem princesa.

Surpreso, o rei balbuciava:

- Minha filha?

- Sim, sua filha, ela é linda, é a mais bela das mulheres!

E o rei repetia: - Minha filha é linda, minha filha é linda, é linda, é linda!

Assim falando, o rei acordou com aquela idéia fixa na cabeça. Decidiu rever sua filha. Apressado, subiu á torre e, ao chegar ao quarto viu, pela primeira vez, a verdadeira face de sua filha. Era, sem dúvida alguma, a jovem mais bela daquele reinado.

Tomado pela forte emoção, o rei teve um instante de rara intuição e… zump!, como um raio, um pensamento passou-lhe pela mente e ele entendeu o mistério daquela maldição. Enfim, o feitiço estava desfeito! Comemorou intensa e silenciosamente.

No mesmo dia, determinou que se espalhasse por todo o reinado, com toda a pompa possível e com muita festa, que o feitiço chegara ao fim e que a jovem princesa era bela. Foram três dias de festejos, autorizados pelo rei, nos quais a notícia do fim da maldição fora comemorada com intenso júbilo, fazendo a alegria retornar ao coração do povo.

Poucos dias depois, um rei orgulhoso e feliz exibia sua linda filha para a multidão, na festa de seus 15 anos.

Enquanto a multidão se comovia diante da beleza da princesa, o rei aproximou-se de sua rainha e revelou o mistério: “O feitiço consistia numa crença. A bruxa malvada nos fez acreditar que a princesa seria feia e, por havermos dado ouvido a essa crença, víamos nossa filha do jeito que ela prognosticara. O sonho, que me trouxe a idéia fixa de que minha filha era linda, foi suficiente para eliminar a crença maléfica. Vi a verdadeira face da princesa, mudando minha crença. Os três dias de festa que autorizei tiveram a finalidade de promover uma lavagem cerebral na mente do povo, de modo a eliminar a crença anterior e fazer com que esse povo aqui viesse, hoje, com uma nova disposição mental”.

Nesta estória despontam as seguintes figuras: o rei, o reinado, o povo, a princesa, a bruxa, o feitiço e a fada madrinha, que podemos traduzir como:

O rei é você.

O reinado representa seu tesouro mental, sua idéias, crenças, concepções, aquilo que você administra dentro de si.

O povo é seu estado de alma, alegre ou triste, vencedor ou derrotado, agradecido ou mal agradecido, etc.

A princesa é a vida, que se apresenta a você do jeito que você crê que ela é: otimista ou pessimista, alegre, divertida ou triste, amarga e angustiante…

A bruxa representa aquelas pessoas que transmite a você idéias negativas, trazendo em seu rastro tristeza, sentimentos de inferioridade, desequilíbrio e desânimo.

O feitiço é a figura dos acontecimentos ruins que surgem em seu caminho. Decorrem das crenças negativas, pessimistas, derrotistas que você acumula.

A fada madrinha surge como seus protetores. São as pessoas boas com as quais você convive, e que estão agindo em seu favor, quer seja de forma ostensiva, quer seja no anonimato. São aqueles companheiros que incutem em você a confiança, o respeito, os bons pensamentos, enfim, as crenças positivas.

Cada pessoa vê a vida do jeito que quer, ou conforme acredita que ela seja. Existem pessoas que estão rodeadas por coisas boas, mas não vêem isto, e optam por queixas e reclamações infundadas, transformando o que poderia ser uma vida feliz, num mar de revolta e angústia.

É essencial, para se viver bem, a valorização daquilo que temos. Os inconformados não pensam assim e sempre encontrarão razões para justificarem seus pontos de vista. Resultado: estarão, sempre, vendo a vida pelo lado ruim, pintando-a com cores feias. Há situações nas quais, por mais que se faça por uma dessas pessoas, pouco se consegue, porque a causa da desilusão está nela mesma.

Temos o que cremos. Acreditar é poder, que tanto pode levar-nos para o fracasso como para o sucesso, dependendo das suas crenças negativas ou positivas.

Pense nisso!

Bons ventos lhe soprem o que precisa para ser feliz!


Extraído do livro: Novas Histórias que ninguém contou… Ed DPL. Melciades José de Brito.

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