A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A educação começa no ventre

A educação começa no ventre





A jovem, um tanto afoita, adentrou a sala da benevolente diretora, e com voz emocionada, suplicou:

- Meu filho já conta 1 ano, quando devo começar a educá-lo?

A educadora, com ternura no olhar e firmeza na voz, respondeu:

- Corra o mais depressa possível a educá-lo, porquanto você já perdeu 21 preciosos meses.

- Ora, como 21 meses? O garoto só conta 1 ano, ou seja 12 meses. Disse a jovem.

- Ah, minha filha, 12 meses mais os nove que ficou em seu ventre, a educação começa no ventre, acariciando-o e dizendo: “Eu te amo, você é um anjo para minha vida!”







A passagem em questão é atribuída à notável Maria Montessori (1870-1952), primeira mulher italiana a se tornar médica, e sem dúvida uma das maiores educadoras do século passado.

Montessori mostra que a vida não começa quando a criança sai do ventre da mãe. O Espiritismo completa a visão da educadora e ensina que aquele ser pequeno e por hora indefeso que habita o ventre materno, é um espírito em evolução, trazendo uma cultura milenar e uma ânsia por prosseguir em sua trajetória de aprendizado.

Quando a criatura é querida, desejada, esperada pelos pais, quando a mãe e os familiares acariciam o ventre em gesto de afeto, mostrando que aquele ser será bem vindo, estimulado e amado, a educação já começou a ser ministrada. Impossível educar sem amor, impossível transmitir valores sem as ferramentas do afeto!

Interessante ressaltar que Maria Montessori e Kardec – o codificador do Espiritismo - eram dois educadores, duas figuras sintonizadas com a importância da educação na construção de uma sociedade equilibrada. Ambos educavam com amor e por amor. Por isso salientavam a necessidade de uma educação com bases estreitas, iniciada em família, e, após, expandida à sociedade.

Outro ponto importante de Montessori e Kardec: Montessori dizia que é fundamental educar o recém nascido transmitindo-lhe hábitos saudáveis, ensinando a pequena criatura que há a hora de evacuar, dormir, se alimentar. Kardec ensinava que o verdadeiro espírita é aquele que procura coibir suas más inclinações, ou seja, o verdadeiro espírita é aquele que procura ter hábitos saudáveis.







Educação e amor são duas usinas de criação de hábitos saudáveis. E uma sociedade equilibrada, sem desníveis sociais, sem fome e violência, sem corrupção e desrespeito, é feita de cidadãos educados e com hábitos saudáveis.

Hoje em grande parte das famílias a situação se inverteu: pais desconectados com a importância da educação a transferiram para a escola, confundindo educação com informação. Crianças que crescem sem as bases amorosas da família, ou seja, sem hábitos saudáveis, têm mais facilidades de se complicar nas provações existenciais. Lembro de abastada família que relegou toda a educação de seus filhos à escola. A concepção dos pais girava em torno do restrito universo materialista a considerar: “Pago bem, meu filho deve ser bem educado!” Contudo, não obstante ao esforço e capacitação dos professores do renomado colégio, o filho cresceu sem as bases amorosas da família. O pai não lhe fazia um afago, porquanto sempre às voltas com negócios. A mãe também não tinha tempo para o filho, porquanto escrava era das reuniões sociais.

O resultado foi desastroso: um jovem carente que acabou suicidando-se aos 20 anos ao ver o término de seu primeiro namoro. Faltou a esse jovem referências familiares que o despertassem aos valores da espiritualidade. Dialogar com os filhos sobre a vida e morte, mostrar que estamos aqui apenas de passagem, ensinando a transitoriedade de nossa existência terrena, também faz parte da educação que deve ser ministrada às crianças. Conversar sobre essas questões, filosofar em torno dos objetivos da jornada terrena é uma das formas de criar hábitos saudáveis, contudo, como afirma Montessori: fundamental é amar; porquanto a educação que cria hábitos saudáveis e indivíduos melhores se faz com amor, muito amor, desde o ventre materno.







Artigo gentilmente cedido por Wellington Balbo
Baurú - SP

Fonte: Grupo Espírita Renascer

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