A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Filho !!!





Um homem muito rico e seu filho tinham grande paixão pela arte.

Possuíam obras de grande valor na sua coleção, de Picasso a Rafael.

Sempre se sentavam juntos para admirar aquelas preciosidades.

Quando o conflito do Viettnam surgiu, o filho foi para a guerra e deixou o pai com o coração partido.

Durante uma batalha, enquanto resgatava um soldado ferido, o jovem foi morto. O pai recebeu a noticia e sofreu profundamente a morte do seu único filho.

Um mês mais tarde, alguém bateu na porta da sua casa. Um jovem com um enorme pacote nas mãos lhe falou: "O senhor não me conhece, mas sou o soldado pelo qual seu filho deu a vida. Ele salvou muitas vidas naquele dia e estava levando-me a um lugar seguro quando uma bala o atingiu no peito e ele morreu na hora. Ele me falava sempre do senhor e do seu amor pela arte. E por isso eu gostaria que o senhor aceitasse um presente."

Entregou-lhe o pacote e disse com carinho: "Eu sei que isto não é muito pois não sou um grande artista, mas acredito que seu filho ia gostar se o senhor o recebesse".

O pai abriu o pacote e surpreendeu-se com um retrato do seu filho amado. Ele contemplou, com profunda admiração, a maneira como o soldado tinha retratado a personalidade do seu filho na pintura.

Ficou tão atraído pela expressão dos olhos do seu filho que os seus próprios marejaram de lágrimas.

Agradeceu ao jovem soldado e ofereceu-se para pagar-lhe pelo quadro. "Oh, não senhor, falou o rapaz. Eu nunca poderia pagar-lhe pelo que seu filho fez por mim. É um presente".

"Aceite-o, juntamente com a minha gratidão."

O pai pendurou o quadro acima da lareira e cada vez que os visitantes e convidados chegavam a sua casa ele lhes mostrava o retrato do seu filho, antes de mostrar sua famosa galeria.

Aquele pai morreu alguns meses mais tarde e publicou-se um leilão para todas as pinturas que possuía. Muita gente importante e influente foi ao leilão com grandes expectativas.

Sobre a plataforma estava o retrato do seu filho. O leiloeiro bateu o seu martelo para dar início e falou: "começaremos o leilão com este retrato do seu filho. Quem vai fazer a primeira oferta por este quadro?"

Se fez um grande silencio. Então uma voz, no fundo do salão, gritou: "queremos ver as pinturas famosas! Esqueça-se desse!".

"No entanto o leiloeiro insistiu: alguém oferece algo por esta pintura? Cem mil dólares? Duzentos mil dólares?"

Outra voz gritou com raiva: "não viemos aqui por essa pintura! Viemos para ver as de Van Gogh, Rembrant, Rafael, Picasso... Vamos às ofertas de verdade!"

Ainda assim, o leiloeiro continuava seu trabalho. "O filho, O filho, quem vai levar o filho?!"

Finalmente, uma voz vinda dos fundos se fez ouvir: "eu dou dez dólares pela pintura!"

Era o velho jardineiro do pai e do filho. Sendo muito pobre, era o único que poderia oferecer.

"Temos dez dólares, quem dá vinte?" Gritou o leiloeiro.

Outro grito se ouviu ao fundo: mostra-nos de uma vez as obras de arte!

Uma vez mais o leiloeiro insistiu: "dez dólares pela oferta! Dará alguém vinte?"

A multidão já estava inquieta. Ninguém queria o retrato do filho e sim as que representavam valioso investimento para suas próprias coleções.

Por fim, o leiloeiro bateu o martelo e falou: "dou-lhe uma, dou-lhe duas... Vendida por dez dólares!".

O homem que estava sentado na segunda fila gritou feliz: "até que enfim começaremos com a coleção!".

O leiloeiro soltou o martelo e disse: "sinto muito damas e cavalheiros, mas o leilão chegou ao fim."

"Mas, onde estão as pinturas?" - Perguntaram assustados.

"Sinto muito", falou o leiloeiro. "Quando me chamaram para dirigir este leilão, foi-me falado de uma condição estipulada no testamento do dono da coleção. Eu não estava autorizado a revelar até este momento, mas agora posso falar. Somente a pintura do filho seria leiloada. Aquele que a adquirisse herdaria absolutamente todos os bens do falecido, incluindo sua coleção de obras de arte."

Assim, o homem que ficou com o retrato do filho herdou tudo.


Pensemos nisso!

Não há bem que possa valer mais do que um filho.

Um verdadeiro afeto se constitui num dos mais valiosos e duradouros patrimônios da alma.

Autor Desconecido, caso saibam, favor mencioná-lo para que eu possa dá os devidos créditos.


Shanti

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