A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

POR UM MINUTO DE CERTEZA


Não. Você não sabe tudo.

Enquanto você se debate, tentando constantemente fazer a escolha certa, optar pelo caminho ideal, a estrada perfeita que o levará de encontro a uma vida repleta de grandes realizações, renomadas técnicas de terapia pregam que não existe o caminho certo ou errado, mas sim o mais adequado a cada momento e para cada pessoa. Então você se pergunta: Seria mais fácil acreditar na limitada dualidade de certo ou errado, torcendo para escolher o caminho de consequências menos desastrosas, ou a ideia de infinitas possibilidades, atalhos descontraidamente atraentes, escolhas espontâneas e despudoradas pode ser real?

Seu reflexo no espelho quando acorda de manha não é sempre o mesmo, mas você não sabe disso porque se olha, mas não se enxerga. Não enxerga nada além de duas imensas portas com uma estrada desconhecida atrás de cada uma delas e uma dolorosa e inevitável escolha.

Por que nunca enxergamos o meio termo? O infinito leque de possibilidades de que tanto falam.

É excitante pensar na incerteza como uma opção bem – humorada ao invés de uma torturante sensação de agonia. Você escova os dentes. Não tem certeza de nada. Dá as costas para o espelho e se afasta a passos lentos enquanto seu reflexo se torna cada vez menor.

Tudo na vida é sempre fruto de uma escolha, por mais simples e insignificante que possa ser. Todos nós estamos constantemente escolhendo e se escolhemos é porque podemos, e se podemos é porque existem opções.

Permita-me um exemplo um tanto simplório, mas não menos adequado para explicar o que me propus a abordar: Tinturas para cabelo. A monótona definição de loira, morena ou ruiva há muito cedeu lugar ao loiro acobreado, o preto azulado e os diversos tons de vermelho, só para citar alguns. As escolhas se fazem presentes em qualquer lugar. Então arrisque-se! Mergulhe nesse mar de cores e não seja tão convencional. Permita-se um tom de vermelho diferente, talvez algumas mexas claras ou pinte tudo de uma vez. O fato de uma escolha parecer arriscada, sombria, diferente dos padrões aos quais estamos acostumados não a torna errada, condenável ou imprópria. Ao contrário, pois até mesmo nesse momento devemos escolher já que diante de nós se estende a possibilidade de passarmos toda uma vida na mesmice da rotina, seguindo os mesmos passos daqueles que nos precederam e agindo exatamente como esperam que façamos, ou podemos simplesmente “chutar o pau da barraca”.

Eu sei, eu sei. Você queria tanto ter certeza não é?! Deseja com toda a força de sua alma acreditar que sabe exatamente o que está fazendo, que pode arquitetar e seguir a risca os mais complexos planos de vida, e o mais importante, que pode prever os resultados desses planos com a precisão de uma pesquisa científica. Bom, sinto muito em lhe dizer, mas a certeza que tanto busca, a certeza que muitas vezes finge ter vai sempre escorrer por entre os dedos como água, límpida, pura e essencial.

Então desista, não sofra e acredite. Desista de controlar o incontrolável, não sofra demasiadamente por aquilo que não pode evitar e acredite sempre que a escolha está em suas mãos. Os caminhos são diversos e se a verdade está mesmo na infinitude de possibilidades, as infinitas estradas serão desbravadas por aqueles que se atreverem a desafiar a mórbida dualidade.

Lorena de Macedo

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