Há uma parábola Indiana que se chama: A última parada, ou o Ponto final.
Uma passageira aflita entra no ônibus e olhando fixamente para o motorista, faz um pedido:
— Senhor, desejo descer na última parada. Pode me avisar quando chegar?
O motorista não respondeu...
— Ela mudou de acento e manteve o rosto franzido, deixando claro que estava angustiada.
O motorista olhou pelo espelho retrovisor e pela primeira vez falou — Eu sinto que estou dirigindo este carro como se estivesse com o freio de mão puxado! Ele trava a todo o momento, não consigo...
A passageira interrompeu, exclamando alto: — Não entendi! O que o senhor disse? É a última parada?
— Ainda não... E o motorista completou: — Você deixou bem claro pra mim que queria descer na última parada, eu não entendo a sua ansiedade agora. Na verdade, você nem precisava ter me pedido para descer lá, porque é o ponto final mesmo! Sou obrigado a parar, porque ali eu desço e reservo 15 minutos para um café. E mesmo que você tivesse me pedido a penúltima parada ou qualquer outra, eu também teria que parar para você descer. Aqui, a parada desejada por qualquer passageiro sempre é a última parada. Por que tanta pressa? Você reconhece tão bem o seu ponto final, você sabe que há um grande carvalho ao lado e que muita gente espera o ônibus à sombra dele. Este ponto é tão importante para si mesma que não há a possibilidade deste ônibus passar batido por ele ou, então, que você não chegue até lá. Nós dois sabemos que se trata de um destino seguro, mas a sua ansiedade está deixando este veículo lento.
A mulher soltou um longo ar reprimido em seu peito e relaxou... Pela primeira vez ela compreendera o ritmo da realização. Ela se desligou da ansiedade e passou a avistar, através da janela, a paisagem do vilarejo. Curtindo mais o percurso, a passageira pode exclamar: — Obrigada, me sinto bem melhor!
Os olhos do motorista fixaram a mulher novamente: — Agora sim! Este ônibus está deslizando! Até mesmo o trânsito está fluindo. Veja, os semáforos estão todos abertos. Que beleza!
E, então, a passageira esboçou um sorriso tímido de quem estava realmente se divertindo...
A estória não revela o momento em que ela desce na tão desejada parada final; contudo, não é necessário, porque algo dentro da passageira já havia chegado ao destino. E ela compreendeu que tudo acontece no momento certo e que sua permissão deixou o caminho tão curto que ela mal podia acreditar que já estava na hora de descer do ônibus.
Quando tudo já foi feito, suas emoções estarão se contrastando, pois a materialização -- dentro de um processo finalizador -- se constrói a partir de cargas opostas de energia (positivo-negativo). Você sempre foi e sempre será um excelente alquimista que manipula o mundo etéreo para gerar uma realidade.
Você já fez tudo o que podia pelo seu desejo. Seus sentimentos apaixonados já foram arrebatados. Suas afirmações já criaram suficiente carga energética, suas visões já lhe mostraram tudo! Agora é hora de relaxar e deixar a vida acontecer como deve ser. O trabalho já foi efetuado com sucesso; lave as mãos e simplesmente flua na direção da correnteza. Isso tudo não impedirá que a ansiedade surja, principalmente no final deste ciclo, quando você sente que tanto já foi feito. Pela manhã você pode se sentir feliz e confiante; já, pela tarde, entediado e decepcionado... Seus sentimentos estão em fluxo de mudança porque o processo magnético criado anteriormente está descendo uma ladeira. A vida pode jogar tudo no seu caminho agora e você precisa estar relaxado para permitir que o seu poder assuma as novas estruturas. Lembre-se: O ponto final é como um grande portal dimensional de realização que você mesmo abriu através de um longo processo vivenciado. Este portal realizável não vai fugir! Está logo ali, esperando que você chegue...
Há um grande magnetismo agindo por de trás de seus sentimentos contraditórios: mesmo que tudo pareça estar fluindo muito rápido ou tão devagar e confuso ao ponto de você não suportar mais...
Se o que você quer foi sentido profundamente, então relaxe — Será seu!
Está tudo caminhando como deve.
Se o que você quer foi sentido profundamente, então relaxe — Será seu!
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