A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

UM CASO INTERESSANTE


Na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, a televisão mostrava um jovem singular.
Portador de enfermidade degenerativa, estava no leito há mais de 13 anos, paralisado, na mesma posição.
O apresentador lhe fez a última pergunta para encerrar o programa.

Pediu-lhe que, em um minuto, definisse o que é a felicidade.

O rapaz sorriu, pensou um pouco, e respondeu com simpatia:

“Olha, amigo, para mim, que estou há tantos anos deitado de costas nesta cama, sem outro movimento a não ser o dos lábios e dos olhos, a felicidade seria poder deitar um pouco de bruços ou então de lado.”

Ambos riram e a entrevista foi encerrada.

No dia seguinte o jovem paralítico recebeu a visita de uma senhora, na casa onde estava hospedado.

Ela estava um tanto inquieta, desejava falar-lhe com certa urgência, antes que ele se fosse da cidade, pois não residia em Uberlândia.

Convidada pelos anfitriões, a senhora acercou-se da cama móvel do rapaz e disse emocionada:

Eu assisti ontem a sua entrevista na TV, e gostaria de lhe dizer que você me fez ver a vida de forma diferente.

Estava, já há algum tempo, enfrentando séria crise existencial…

Tenho uma vida que considero dentro dos padrões de normalidade. Sou saudável e tenho uma situação financeira satisfatória, mas nos últimos tempos viver não tem mais sentido.

E embora aparentemente tenha tudo para ser feliz, desejava por um fim nessa vida vazia que levo.

Mas quando vi você nessa cama, viajando pelo Brasil afora levando esperança e consolo às pessoas que sofrem, comecei a refletir com mais seriedade sobre a vida.

Afinal, pensei, eu posso dormir na posição que deseje, mover-me para o lado que quiser, andar, correr, saltar, e por esse motivo eu já deveria ser mais feliz que você, não é mesmo?

O rapaz dialogou com ela por mais alguns minutos, contou-lhe casos engraçados da sua própria desgraça e ambos riram muito.

A senhora se foi, e o jovem, carcereiro de um corpo deformado, ficou meditando a respeito de como Deus é justo e misericordioso.

De como lhe havia concedido a oportunidade de, com o seu exemplo, confortar e consolar outras pessoas que perderam a vontade de viver, e, ao mesmo tempo, iluminar a própria intimidade com resignação e coragem.

Ele sentia, nas profundezas do seu ser, que estava recebendo conforme suas obras, como afirmara Jesus, mas tinha a vontade férrea de espalhar sementes boas, apesar das dificuldades e limitações físicas.

Pense nisso!



As deformidades do corpo nem sempre denotam deformidade da alma. Existem almas deformadas albergadas em corpos saudáveis e belos, e há espíritos saudáveis detidos em corpos deformados. E também há espíritos destrambelhados em corpos igualmente em desalinho.

Seja qual for a situação não há o que lamentar, pois todos estamos em processos de aprendizados valiosos que não merecem ser desperdiçados, nem lamentados.


Um caso interessante do livro: Crepúsculo de um coração, de Jerônimo Mendonça.

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