A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

segunda-feira, 7 de março de 2011

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM


Conta-se que, há muito tempo, um fazendeiro possuía muitas terras ao longo do litoral do Atlântico.


Horrorosas tempestades varriam aquela região extensa, fazendo estragos nas construções e nas plantações.


Por esse motivo, o rico fazendeiro estava, constantemente, a braços com o problema de falta de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar naquela localidade.


As recusas eram muitas, a cada tentativa de conseguir novos auxiliares.


Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se apresentou.


Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.


Bom, respondeu o pequeno homem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.


Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou.


O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer ao anoitecer.
O fazendeiro deu um suspiro de alívio, satisfeito com o trabalho do homem.


Então, numa noite, o vento uivou ruidosamente, anunciando que sua passagem pelas propriedades seria arrasadora.


O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados.


O pequeno homem dormia serenamente. O patrão o sacudiu e gritou:


Levante depressa! Uma tempestade está chegando. Vá amarrar as coisas antes que sejam arrastadas.


O empregado se virou na cama e calmo, mas firme, disse:


Não, senhor. Eu não vou me levantar. Eu lhe falei: posso dormir enquanto os ventos sopram.


A resposta enfureceu o empregador. Não estivesse tão desesperado com a tempestade que se aproximava, ele despediria naquela hora o mau funcionário.


Apressou-se a sair para preparar, ele mesmo, o terreno para a tormenta sempre mais próxima.


Para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo.


As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos estavam nos viveiros e todas as portas muito bem trancadas.


As janelas estavam bem fechadas e seguras. Tudo estava amarrado. Nada poderia ser arrastado.
Então, o fazendeiro entendeu o que seu empregado quis dizer. Retornou ele mesmo para sua cama para também dormir, enquanto o vento soprava.


* * *


Se os ventos gélidos da morte lhe viessem, hoje, arrebatar um ser querido, você estaria preparado?


Se reveses financeiros, instabilidade econômica levassem seus bens de rompante, você estaria preparado?


A religião que professamos, a fé que abraçamos devem nos preparar o Espírito, a mente e o corpo para os momentos de solidão, pranto e dor.


Enquanto o dia sorri, faz sol em sua vida, fortifique-se, prepare-se de tal forma que, ao chegarem as tsunamis, soprarem os ventos e a borrasca lhe castigar, você continue firme, sereno.


Pense nisso e comece hoje a sua preparação.


Redação do Momento Espírita

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