A descrição da alma

Alma...
A expressão da alma é a certeza da vida em espírito, a que nos dá movimentos para circular por entre a vida e as experiências que ela nos proporciona.
É na alma que ficam registrada todas as nossas sensações e aprendizados.
Passamos pela vida sabendo que tudo que nos ocorre nos ensina e nos compele para avançarmos e de um modo natural, procuramos sempre nos mantermos atentos e vigilantes para o que já nos fez recuar ou mesmo perder.
São os alertas da nossa alma que tem por finalidade proteger nosso espírito de uma vida sem evolução, mas também é nela que ficam todas as nossas passagens por muitos sentimentos que ao longo da vida foram experimentados e na alma ficam interiorizados para nos mostrar, nos capacitar e nos ensinar em como dar o próximo passo sem que tenhamos que novamente passar pela mesma situação as que não mais nos faz avançar e sim nos desfaz em uma nova prisão de sensações de dor...

A alma traz em si seus substantivos de vida e eles é que nos torna quem somos.

Falemos então dos substantivos da alma...
Aqueles que nos faz passar pela vida e deixar que a vida nos marque e que também deixaremos nossa marca.

Substantivos da alma em contos da vida.

domingo, 6 de março de 2011

O RIO E O MAR

Todo o rio anseia por chegar ao mar para se fundir com ele, para ser também o mar, igualmente, toda a alma anseia por chega á luz para se fundir com ela e ser também a luz.
Deveis ser um rio de águas limpas e transparentes que, na sua caminhada para o grande mar de luz, vai alimentando os peixes e estes as aves marinhas e outros peixes maiores; que vai banhando as margens, fazendo com que as flores cresçam, para que as abelhas retirem o seu pólen e façam o mel; que vai fazendo com que as arvores se elevem e dêem frutos saborosos que alimentam os pássaros e os homens.
Sede realmente um verdadeiro rio de luz que, na sua caminhada, alimenta as almas famintas da humanidade. Assim, só assim – podereis crescer até que, um dia, sejais também um grande mar luminoso. Hoje o vosso rio é sujo e lamacento, pois vós o sujais com entulho de vossos desejos, rancores, ódios, invejas, ganâncias e maledicências acerca dos outros; por isso, os vossos rios estão moribundos, sem vida real. No entanto, todo o verdadeiro discípulo se esforça por ser um mestre – que é um grande rio de luz.
O mar é constituído de muitos rios, como os rios são constituídos de muitas gotas de agua; assim, na gota encontra-se a essência do mar, como no mar se encontra a própria gota, visto que ela sai do mar e, fatalmente, terá um dia de voltar às suas verdadeiras origens. Em vós esta a essência de luz, que vem do Grande Uno e a ele terá de regressar. Para isso tendes, porem, que limpar o vosso rio e não atirar mais pedras e lixo para dentro dele.
Quando lançais pedras para o rio dos outros, elas infalivelmente cairão no vosso próprio rio. Quando julgais ver o lixo dos outros, na realidade o que estais a ver é o vosso próprio lixo. Geralmente a orgulhosa personalidade humana não consegue ter a grandeza e a humildade interior de reconhecer o próprio lixo. Contudo o verdadeiro discípulo trabalha constantemente para purificar o seu « rio interior », pois sabe que só chegará ao Grande Mar e só conseguirá fundir-se com Ele se for completamente puro e humilde.
Deveis deixar correr, do chacra cardíaco, o vosso rio de amor puro, sincero e que nada espera em troca, tal como o rio e o mar se entregam, se doam, sem nada esperarem de retorno. Quem já se encontra na senda da luz tem que ser transparente como o rio de aguas puras – humilde como ele, mas forte como o mar.
Que o vosso « mar interior » seja puro, limpo, transparente e sereno, para que no seu horizonte possa nascer o novo sol espiritual; assim de vós sairá o « alimento místico » que saciará outras vidas e a vossa alma será como um sol que iluminará as trevas e as diluirá, guiando os caminhos escuros dos vossos irmãos.
Esperemos igualmente que hoje sejais uma « gota de luz » no rio do vosso mestre, para que amanhã vós sejais o rio do vosso mestre o mar e, mais tarde, vós sejais o mar e o mestre o sol, para, deste modo, todos chegarem á grande unidade na essência divina.
O discípulo e o mestre não são mais que do que uma gota no grande rio cósmico; este, por sua vez, também anseia por se fundir com o grande mar cósmico e ainda este nada mais é do que uma pequena gota de outro mar ainda maior. A verdadeira vida não tem fim e nunca teve principio.
Vós sois o rio e o mar na pequenez e na grandeza do vosso universo interno.

Confucio

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