
O amor não se vê na grandeza das aparências mas sim no segredo da sua simplicidade. Não se mede pelo tamanho das suas palavras mas sim pela grandeza dos seus silêncios.
O teu coração será vivo quando souber as suas certezas e conhecer os seus caminhos no meio de todas as jornadas do mundo.
O teu coração será vivo quando na realidade daquilo que és te fores percebendo como um dom. Não nasceste para receber mas sim para dares aos outros aquilo que és. Cada um de nós é uma riqueza imensa dentro de um projecto de amor, começado há muitos séculos, que passa pelo nosso coração e que continuará depois. Tudo o que nos resta é preencher o momento presente com a maior dose de amor que consigamos. É certo que a lógica do amor é diferente da lógica pura da razão. O amor tem as suas medidas até ser capaz de ser sentido sem medida.
Por isso, sejas tu quem fores e estejas onde estiveres, apercebe-te que tens em ti as possibilidades de uma vida inteira na dádiva de ti mesmo para ser gravada na história do mundo. Por isso a tua vida não é uma paixão inútil, um conto de fadas amaldiçoado nem uma história sem interesse. É certo que alguns acabaram por fruir banalmente da banalidade em que tornaram a sua vida. Vivem a liberdade da fruição da sua própria banalidade dos dias sem sois e das noites em estrelas, presos na inércia das histórias que não mudam.
Mas tu, sentes dentro de ti a inquietação dos sonhos e as vozes do teu coração, percebes que a vida mais do que uma resposta é uma pergunta, mais do que uma certeza é sempre um mistério, quando se procura pensar um pouco na razão de tudo o que existe.
Apercebes-te que a vida muda, que a vida cresce e com ela deves crescer também; que as pessoas mudam e crescem, apercebeste que não és mais criança, que tudo o que fazes afecta as pessoas á tua volta, que cresces em responsabilidade; apercebeste-te que tantas coisas acontecem sem sentido , não sabes porque as pessoas partem, porque se chora, porque o amor se rompe; não sabes porque as dúvidas crescem, porque se sofre, porque se morre, porque há guerras, porque há violência; não percebes as tuas limitações.
Por isso te digo, sempre e em tudo na tua vida, atira o teu coração ao céu. Precisei estes dias de o fazer muitas vezes e sei que, mesmo na aparente ausência, a presença de uma Fonte maior segura os caminhos do meu coração. Porque tal como nada em ti é insignificante para a história do mundo, nada em ti é insignificante para as mãos daquele que grava a tua história na Sua História e os teus sonhos nas paredes do seu coração.
Quando não souberes o sentido de tudo á tua volta, quando estiveres a beira de perder o norte e o chão, digo-te: atira o teu coração ao céu. Não importa se ferido ou rasgado, se puro ou negro; não importa se nunca o fizeste, se acreditas pouco ou se acreditas nada. Simplesmente atira-o!
Existem dois tios de silêncios: o silêncio de quando calas as palavras e o silêncio de quando calas o coração. E o segundo é sempre o mais verdadeiro!
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